Ansiedade e stress crónico afetam, e muito, a nossa saúde. O sistema imunitário, o nosso principal mecanismo de defesa, é quem mais sai a perder. Vários estudos confirmam que o stress pode suprimir as suas funções deixando-nos mais susceptíveis a contrair doenças.
Problemas de garganta, tensão muscular, inflamações e infeções são algumas das consequências do excesso de stress ou ansiedade.
Não são raras as vezes, aliás, que adoecemos após um período de maior stress e que, a longo prazo, pode trazer complicações mais graves para a saúde como o aparecimento de doenças cardiovasculares ou o comprometimento da função de outros órgãos.
O stress e a ansiedade podem ser definidos como um desgaste geral do organismo, causado pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem quando somos “obrigados” a estar perante situações que nos irritam, excitam, amedrontam ou, até, nos fazem muito infelizes.
Vários estudos demonstram que a ansiedade e o stress têm uma relação complexa com o sistema imunitário enfraquecendo-o. Aliás, foi na década de 80 que se passou a entender a imunidade como fazendo parte de todo um sistema complexo, que está diretamente ligado às nossas emoções.
De acordo com os especialistas, o sistema endócrino e nervoso, por exemplo, influenciam as nossas defesas através da produção hormonal que responde aos mais diversos estímulos.
A verdade é que, quando nos sentimos bem o nosso organismo funciona de uma forma equilibrada. Quando somos expostos a uma forte carga emocional, o nosso organismo produz hormonas de uma forma descontrolada, afetando não só as nossas células de defesa como todas as funções orgânicas que ele desempenha.
Uma das hormonas produzidas para combater o stress é o cortisol. Quando o organismo está exposto, por um longo período de tempo, ao stress ou ansiedade, o cortisol atua com a função de o eliminar.
Para tal, a sua ação, que ajuda a reduzir a inflamação natural do corpo, faz com que este se torne resistente ao próprio cortisol, o que leva a que se gere um estado de inflamação cró ônico que compromete a função do sistema imunitário, tornando-o menos capaz de combater os agentes externos como os vírus ou bactérias. A Fadiga intensa, gripes e constipações são algumas das consequências diretas desta ação.
Em alguns casos, no entanto, o stress pode ter o efeito oposto tornando o sistema imunitário super ativo, dando origem ao aparecimento de doenças auto-imunes, nas quais próprio sistema ataca as suas próprias células.
Deste modo, para evitar que a ansiedade leve a melhor sobre a saúde há que adotar algumas medidas como a prática de exercício físico, por exemplo. Quando praticado regularmente, o exercício promove a libertação de substâncias que melhoram o humor, ajudando a combater estados de stress ou ansiedade.
Por outro lado, os especialistas defendem que deve dormir bem, de modo a aumentar a suas defesas, embora não exista um padrão de horas de descanso, aconselha-se que durma entre 7 a 8 horas por noite.
Uma dieta saudável também o pode ajudar. Frutas, vegetais, farinhas e cereais integrais, frutas secas e legumes não podem faltar à mesa.
Caso queira reforçar a ação do seu sistema imunitário, aposte em frutas ricas em vitamina C – um antioxidante que aumenta a resistência do organismo – como a laranja ou kiwi; Vegetais como o Brócolis, couve, espinafre; ou grão como feijão, são alguns alimentos ricos em ácido fólico, um nutriente que auxilia na formação de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo.
As leguminosas e os cereais integrais são ótimas fontes de zinco, contribuindo para o combate a doenças como gripes ou constipações.
Rico em vitamina C e B6, e tendo uma ação bactericida, o gengibre é um excelente aliado do sistema imunitário, aumentando as defesas do organismo.
Para combater a ansiedade, aposte nos hidratos de carbono que nos dão energia e promovem a boa disposição, e coma bananas.
De acordo com um estudo realizado por investigadores do Instituto de Pesquisa de Alimentos e Nutrição das Filipinas, esta fruta ajuda a combater a depressão e alivia sintomas de ansiedade. Rica em triptofano auxilia na produção de serotonina.
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Fonte: Atlas da Saúde – reportagem sobre Sistema Nervoso- 04/ 2016